Filhos
|Blogueira Amiga| ~ Michelle do blog Empreendedorismo Materno!!!
Olá pessoal! Como falei aqui estamos fazendo algumas mudanças no blog, o layout como vcs podem observar está completamente "doido" pois já estamos em fase de reestruturá-lo para o lançamento com uma cara super nova e uma das novidades que hj quero falar com vcs é sobre o Dia da Blogueira Amiga.
Toda semana, provavelmente às quartas feiras, teremos a participação das blogueiras amigas da Personal Bebê, nesse dia elas contarão um pouco das suas histórias e de como surgiram os blogs além de compartilhar conosco suas visões desse universo surpreendente que é a maternidade.
Para a estréia desse dia contamos com a participação da Michelle do blog Empreendedorismo Materno!
A volta ao trabalho sempre foi uma questão pra mim, desde que engravidei (
aqui). Quando meu filho completou três meses, no auge da minha angústia, criei o blog Empreendedorismo materno. Comecei a ouvir histórias de mães que haviam mudado sua vida profissional completamente ou apenas o modo como trabalhavam para conciliar sua carreira com o cuidado dos filhos. E pensei “Por que não compartilhar estas histórias com outras mães para inspirar novas histórias?”.
O blog nasceu assim. E logo depois, foi criando asas e crescendo. Com o tempo, formamos uma rede de mães que se apoiam e refletem juntas sobre os desafios de empreender. Nasceram os encontros de empreendedorismo materno, a rede de mães empreendedoras e uma campanha permanente em favor da contratação destas mães. Criamos novos canais, como um
grupo e uma
páginano Facebook.
Um dos grandes objetivos destes canais é
dar visibilidade ao trabalho destas mães, que carece de reconhecimento social. Como se não bastasse a jornada dupla, tripla, quádrupla, ainda temos que batalhar para que nosso trabalho seja reconhecido enquanto tal. Outro objetivo é oferecer apoio profissional em planejamento e estratégias de divulgação para estas mães, assim como orientação para a tomada de decisão em relação ao empreendedorismo. Muitas mães querem mudar, mas não sabem por onde começar. E quando resolvem empreender, não conseguem dar conta de tantas tarefas sozinhas: planejar, gerir, divulgar, administrar...
No blog, eu reúno histórias lindas. Cada uma do seu jeito me emociona e me faz ver um novo lado do que é empreender sendo mãe. Os depoimentos me fazem também pensar que
cada mãe dá um sentido para sua carreira, para seu empreendimento e para sua história.
O blog, então, vira este
caldeirão de ideias femininas com o objetivo de aumentar cada vez mais a força deste movimento, pois enxergamos nele muita força e um potencial enorme de transformação da realidade do mundo do trabalho tal qual ele é hoje em nosso país para as mulheres. Vislumbramos também um cenário mais positivo, de maior incentivo e apoio a quem resolve empreender.
Um pouco mais sobre empreendedorismo maternoO empreendedorismo materno é um fenômeno relativamente recente. Está mais avançado nos EUA e em países da Europa do que no Brasil, embora, nem sempre chamado deste jeito, seja já um fenômeno fácil de se perceber por aqui.
Calcula-se que mais de 10,4 brasileiras tocam seus próprios negócios e que atualmente, cerca de 65% das mulheres retorna ao mercado de trabalho imediatamente após alicença maternidade. Desse total, 15% se dedica a outras funções e à criação de novas fontes de renda. As "empreendedoras maternas" têm um perfil: são jovens entre 28 e 33 anos, antenadas e interessadas em moda e novidades.
O empreendedorismo materno é um fenômeno complexo, mas, grosso modo, poderíamos dizer que
abrange estas mudanças no eixo profissional das mães,
provocadas pela maternidade ou deflagradas a partir dela. A mãe empreendedora pode exercer uma nova atividade ou voltar ao seu antigo trabalho, mas buscando novas formas e um novo volume de dedicação.
Nesse sentido, podemos dizer que ele é impulsionado pelo desejo das mães de estar
mais tempo ao lado dos seus filhos e de
encontrar novas opções para a carreira profissional. Também são "motores" do empreendedorismo materno (em um sentido mais social-histórico) a flexibilização do trabalho e o surgimento da categoria "empreendedores"; o advento das novas tecnologias e mídias sociais, que permitem que se trabalhe a distância e em escritórios domésticos; a maternidade ativa e a criação com apego; e, claro, os legados e conquistas históricas do feminismo.
É importante dizer também que o empreendedorismo materno termina sendo uma opção individual das mulheres, muitas vezes porque o mercado de trabalho e a política no nosso país não são avançados no que diz respeito aos direitos da mulher e mãe e da família (dos pais também!).
No entanto, acredito que, também em rede, podemos estar juntas, lutando para que esta realidade mude e que, um dia, tenhamos o direito de estar com nossos filhos respeitado por leis e salvaguardado por políticas que reconheçam a necessidade de estarmos com eles e nos fazermos mais presentes em especial nos primeiros anos de vida.
Michelle Prazeres, jornalista e editora do blog Empreendedorismo Materno.
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