Filhos
Nosso novo cantinho das palavras - inspiração montessoriana
Já tinha postado em OUTRO LUGAR sobre um projeto de cantinhos da descoberta, para serem criados tanto no ambiente escolar como o doméstico. Também já tinha colocado AQUI uma proposta de cantinho de leitura com livros mais acessíveis às crianças. Acontece que não só as roupas precisam ser trocadas de tempos em tempos. Quem arruma esses cantinhos em casa sabe que eles tem prazo de validade, o qual é estipulado pelo interesse da criança. Se seu filho já não frequenta aquele cantinho lindo que você arrumou, é porque algo está errado. Maria Montessori recomenda que haja um rodízio regular dos materiais expostos nesses lugares para manter o interesse da criança por eles. Crianças até seis anos mudam sua percepção do mundo muito rapidamente, e temos que estar atentas para acompanhar seu ritmo de desenvolvimento. Tenho aqui brinquedos lindos, fofos mesmo, mas são de bebê. E meu pequeno já não é um bebê, eu TENHO que aceitar isso e oferecer o que ele precisa, não o que eu acho fofo. Por isso, e também por razões de espaço, acabamos mudando o cantinho de leitura para a sala. Aproveitando que eu teria que repaginar esse cantinho, resolvi incorporar outras ideias, que partilho a seguir com vocês. A única coisa que comprei foi um móvel, a estante, porque estava mesmo precisando de uma (comprei essa aqui, boa e barata, de MDF, que eu mesma montei facilmente em cerca de meia hora). Tudo o mais foi reciclado.E ele ficou assim:
Vamos por partes:
- OS LIVROSNovamente decidi arrumar os livros por tipo de material.
No primeiro nicho, coloquei livros de borracha e livros acartonados. São livros para bebê, mas os meninos adoram até hoje. Alguns eu reciclei (veja um exemplo AQUI), outros ainda se adaptam mesmo para o mais velho, porque tem poucas frases por páginas, e ele gosta de ler sozinho. No nicho do meio coloquei os livros de papel mais fininhos e uma caixa de som para pen drive (há varios modelos no Mercado Livre). Isso é uma belezura! Você compra baratinho e ela é facilmente operável por crianças. Como é à bateria, não tem perigo com fios, e nem precisa de fones de ouvidos. Num futuro breve pretendo fazer uma pequena caixinha organizadora com alguns pen drives (que agora são vendidos a preço debanana), identificados pelo tipo de música ou instrumento, para eles mesmos escolherem e ouvirem. Isso é BEM melhor que dezenas de CDs arranhados hehehe
No terceiro nicho da parte de baixo, coloquei livros de pano. São como livros-brinquedo, todos eles são interativos, sonoros, com objetos destacáveis... esse lote foi a melhor compra que já fiz num brechó... tudo bom e baratíssimo (Cada livro saiu por cerca de R$4,00). Mas nem me perguntem porque esse brechó, infelizmente, não existe mais. Na parte de cima fica uma caixa para guardar aqueles livrinhos menores, bem fininhos e pequenos, que vem naquelas coleções por temas, como eses AQUI. Devemos ter uns 300 livros desses, pois as pessoas sabem que gostamos e sempre dão de presente :-) Até doação já fiz para diminuir a quantidade.
- O SOFÁLivros pedem um lugar confortável para serem lidos. Faz mais ou menos um ano que vi pela net um passo a passo de um sofá feito com caixas de leite longa vida. Comecei a juntar caixas imediatamente. Foi um projeto demorado, porque dá bastante trabalho, e só agora, um ano depois, concluí todas as etapas kkkkk mas se você pegar firme e tiver todo o material, acho que em três dias dá para fazer tudo. Para quem topar o desafio, aconselho que vá guardando as caixinhas já cortadas e limpas com água e sabão ou desengordurante. Tem um passo apasso bem instrutivo AQUI. Mas a minha poltrona tinha que ser dupla, pois tenho dois filhote,né?
Eu fiz assim:
Enchi as caixas de leite - já higienizadas e secas - com jornal amassado mesmo. Não tive paciência pra dobrar tudo como no link que postei acima, hehehhe Dá mais ou menos sete folhas de jornal por caixa.
O segredo do sucesso é a fita adesiva transparente - o bom e velho durex. Acho que usei uns 7 rolos de durex grosso nesse projeto. Não economize no durex, pois é ele quem dará a firmeza necessária ao sofá. Ele tem que enrolar cada caixa...
E depois, enrolar de duas em duas, de quatro em quatro, apertando bastante uma caixa contra a outra...
... de oito em oito, até completar o bloco de 16 caixas. Fiz três blocos de 16, como você pode ver. Um servirá de encosto e outros dois ficarão um em cima do outro para fazer o assento. Uni tudo com durex.
Ainda com o durex, prendi manta acrílica sobre o assento. Como não achei que ficou fofa o suficiente, usei também um protetor de berço antigo, espumado, para deixar a peça mais fofinha. Em cima de tudo, passei papel contact (esse verde) para impermeabilizar.
Ficou assim. Ainda feia, mandei para o setor de teste de qualidade: Vinícius e Rafael kkkkkk deixei um mês o sofá assim para eles usarem, e garanto: a peça é MUITO resistente. Foi usada de todas as meniras, pisada, colocada de cabeça para baixo, arrastada, chutada, enfim... aguentou sem deformar nem soltar as tiras kkkkkk
Peguei um tecido que sobrou do aniversário de Rafael e fiz a capa do sofá. Como não sei costurar, usei uma ideia bem simples: prendi uma fita entre o assento e o encosto, dando um nó atrás...
E, embaixo do sofá, uni as pontas do tecido, dando nós, para ficar tudo escondidinho lá embaixo. Prático, rápido e fácil de tirar para lavar. A "almofada" em cima dele é um livro também, bem fofinho :-)
- A CAIXA DE CORREIO
Esse também é um projeto antigo. Desde que meu filho mais velho começou a escrever eu queria fazer uma caixa de correio para incentivar a escrita de bilhetinhos entre a família. Só achava modelos de caixas de correios americanas que são até bonitinhas, mas fora da nossa realidade cotidiana. Aí uma ideia no grupo "Montessori para mamães" me deu uma luz e eu criei o modelo abaixo a partir dessa ideia de "organizador de caixa de leite".
Fiz um corte de cima a baixo, calculando a altura pelas marcas da própria embalagem.
Unindo dois organizadores temos uma casinha! Heheheh essa foi a sacada. Resolvi fazer uma casinha dupla.
Cobri tudo com o tecido que sobrou do sofá. Usei cola branca, e para quem for fazer, aconselho a, dependendo do tecido, cobrir as caixas previamente com papel branco (eu devia ter feito isso, kkkk).
Fiz o acabamento com fita de cetim, sobras de EVA e colei bonequinhos de EVA representando cada membro da família em um lado da casinha.
Mas não terminou não! Também vi no grupo a ideia de envelopes de feltro (preciso anotar os nomes dos autores das ideias, meu Deus! Se o autor estiver lendo, por favor me diga para eu dar os créditos).Fiz um retângulo e colei dois terços de suas extremidades, para formar um envelope. Usei adesivo de contato (cola brascoplast ou similar)
Ajeitei as abas e colei um pedacinho de velcro, daquela parte grossa, que gruda.
Também colei os mesmos pedacinhos de velcro atrás de apliques de EVA. São os selos!
Agora sim está pronto. Os meninos ADORARAM, especialmente meu mais velho. Hoje a tarde mesmo eu recebi um "mapa do tesouro" feito por ele dentro do meu envelope. Super aconselho essa ideia para crianças em fase de letramento. Mesmo que ainda não saibam escrever, podem fazer suas garatujas (primeiros desenhos) com muito carinho e serem estimulados a se comunicar.
Não esqueça de disponibilizar, ao lado da caixa de correio, um local com papéis variados e os selinhos para eles colocarem nos envelopes! A regra é: sempre que você receber uma carta, deve respondê-la!
Em cima do nosso "Cantinho das palavras", coloquei:
- Um organizador com papéis A4 para eles pegarem livremente. Uso papéis já utilizados que seriam descartados (professora tem muito desses papéis que sobram das atividades).É econômico e politicamente correto.
- Uma caixa com: cadernetas, lápis, borracha, apontador, adesivos, réguas de labirinto e de desenho. As réguas fazem sucesso, e meu filho mais velho, de cinco anos, está apaixonado por elas.
- Uma caixa com: tesoura, cola bastão e papéis coloridos que iriam para o lixo. Meu filho mais novo tem dois anos e meio, e todos os dias faz suas colagens. Ele diz: "é hora da arte, mamãe!"... e mesmo ainda não usando muito bem a tesoura, ele tenta. Quando não consegue, rasga. E assim vai desenvolvendo a coordenação motora.
Lápis de cor e giz-de-cera também estão ao alcance.
Desde então eles não saem de perto das caixas, heheheh
- O QUADRO MAGNÉTICOAs fotos abaixo são de quando Rafael ainda era um bebê de onze meses. Eu colei fotos da família e amigos próximos em um manta magnética adesivada (vende-se em papelarias), e eles gostavam muito de passar um tempão mexendo nesse quadro, onde eu também colocava suas "artes" e "tarefinhas".
Vale muito a pena ter um quadro magnético em casa como apoio para atividades de estimulação. Hoje é fácil e barato adquirir o quadro e mantas magnéticas, letras, figuras e números magnéticos, e montar jogos interessantes. Mas eu decidi reciclar o quadro para nossas aulas de música. Lixei, pintei de zarcão, que é uma tinta anti-ferrugem, depois dei duas mãos de tinta óleo branca. Os pentagramas (linhas onde escrevemos as notas da partitura) foram feitos com fita isolante. As notas eu vou cortar numa manta magnética. MAAAASSS.... quando não estiver sendo utilizado em nossas aulas de música, o quadro faz as vezes de nosso cantinho da família. Os ímãs que prendem as fotos também são usados nas aulas de música, para ensinar os valores das notas :-)
Resultado: atual cantinho preferido da casa!
Ao lado do sofá, revistas antigas "Os caminhos da Terra" cheias de fotografias bonitas da natureza.
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Cabana De Tecido E Bambolê
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