Fomos hoje conferir, na Livraria da Travessa, no shopping Leblon, um rápido bate-papo com o ex-jogador de futebol, empreendedor social e agora escritor infanto-juvenil, Raí, na apresentação do livro Turma do Infinito. O livro, lançado em maio deste ano, apresenta ao público a história de Sol, Filó, Sofia e Zen, amigos que formam a turma do infinito e que descobrem juntos alguns porquês sobre a continuidade da vida e as reflexões necessárias para a convivência social, entre elas a tolerância.
Devo dizer que foi um prazer assistir Raí apresentando o enredo do livro e citando momentos da sua construção, contando detalhes de sua vida pessoal e buscando nos olhares da platéia interrogações a mais sobre o livro. Simpático e objetivo ele discorreu sobre a ousadia de enveredar pelo mundo da literatura infanto-juvenil lembrando que foi autor deste projeto, mas que não se considera escritor, afirmação que, em breve deve começar a mudar, pois o próprio Raí já deu a deixa de uma continuidade para a Turma do Infinito, então... vamos aguardar.
Perguntado por uma pessoa da platéia a respeito do processo de criação e idealização da Turma do Infinito, Raí contou - fazendo menção à filosofia como matéria de interesse - que se permitiu engravidar pelo assunto, gestando àquele projeto, a história em si e as personagens e que quando sentiu que trazia tudo mais ou menos pronto, isolou-se num chalé na Bahia (boa escolha, hein?) para escrever e que, no impulso e na emoção da história, em 2 horas tinha posto tudo no papel. Depois, com a indicação da editora (distribui o livro a editora @CosacNaify) e o primoroso trabalho do ilustrador austríaco Jan Limpens, o projeto foi finalizado para adentrar as casas brasileiras e as livrarias do país.
Inspirado nas filhas, mas especialmente na neta - hoje com 12 anos - Raí conta que precisou administrar a divisão das participações para a dedicatória, conversando com cada uma em separado e fez piada, claro. Homem de família, ele fez questão de mencionar as três filhas, o pai e os irmãos inúmeras vezes, especialmente Sócrates. Aliás, entre uma lembrança e outra, alguém lhe perguntou sobre a bajulação e o egocentrismo comum aos melhores jogadores do mundo, fazendo referência nítida a sua carreira como jogador da Seleção Brasileira e ídolo esportivo internacional (pós-SPFC, time que o projetou) e a resposta foi: "aprendi desde cedo que devemos manter o pé no chão, pois sempre convivi de perto com a fama e o destaque do meu irmão Sócrates, que foi um grande jogador". Me ganhou, não preciso dizer mais.
E como não poderia deixar de ser, vivi meu momento tiete e pedi autógrafo para Raí com dedicatória para o filhão neste primeiro livro de muitos. E claro, lembrei dos leitores e das mães editoras do blog Pequenos Leitores (carinho, né?) ao lançar a pergunta:
- Raí, conselho para uma criança, você diria livro ou bola?
- Livro ou bola? Os dois. Não, livro.
- Resposta final?
- Livro. Bola também, dá para equilibrar. Mas livro é fundamental. Certamente livro.
Tadinho, ele ficou sem jeito, mas não fez feio na resposta. Eu é que o peguei desprevenido, o que foi mais adorável ainda.
Social. O autor doará os direitos autorais desse livro para a Fundação Gol de Letra, ONG criada numa parceria de Raí com o também ex-jogador de futebol Leonardo, que busca contribuir para a formação educacional e cultural de crianças e jovens para que possam atuar com autonomia na transformação de suas realidades.
Então, se tiver interessado. Anote aí!
Título: Turma do InfinitoAutor: RaíIlustrador: Jan LimpensEdição: 2011Preço médio: 32,00Formato: brochura, 16x23cmEditora: Cosac NaifyPúblico-alvo: a partir dos 5 anos