1. A lista da maternidade é exagerada pacas
A lista pede 2 pares de sapato para um recém-nascido, e isso já diz tudo. 6 pares de meia?? "Mijão"??? Cruzes, eu até hoje não sei o que diabos é mijão, e não me fez falta nenhuma. Ignorei a lista veementemente, e não me arrependi. Bodies, macacões, casaquinhos e mantinhas, e pronto. E digo mais: “body” é a palavra chave do guarda-roupa de um bebê, pode comprar de baciada (só cuidado com os tamanhos, piscou eles já não servem mais...)
Para a mãe, eles pedem 2 camisolas. Comprei umas lindas (e caras) para receber as visitas. Acontece que ninguém me avisou que depois de um parto normal você sangra LITROS e passa dias a fio usando fraldão. Aí vai da classe e elegância de cada um. Como no pós-parto me faltaram os dois atributos, minha dica é: a camisolinha do hospital pode ser feia, mas se sujar de sangue eles lavam e te dão outra limpinha, e outra, e mais outra. E depois, as visitas não são exatamente pra você, amiga mamãe... tá todo mundo interessado no seu bebê recém saído do forno, de modo que você pode receber a todos descabelada, com uma camisola horrorosa e peitos de fora que ninguém nota.
2. Não confiar na numeração das roupinhas.
Porque aparentemente não há nenhum padrão que estabeleça os tamanhos. Minha impressão é que cada marca bota o número que bem entender. Alice, com 1 ano, usa de PP a G. Tem um bodyzinho milagroso para recém-nascidos que ela usou até os 11 meses, o tecido parece que cresceu junto com ela. Então ignore as etiquetas e confie nos seus olhos. Ou não.
3. Não confiar nos próprios olhos.
Você ganha aquela roupa incrível e gigante, e pensa: pfff, só daqui a uns 6 meses.
6 meses depois você olha e pensa: nhé, faltam ainda uns 3 meses.
3 meses depois você olha e pensa: acho que já dá, vai... vai ficar um bocadinho grande, mas eu dobro as mangas.
Aí você tenta colocar e a roupa não entra, e você se xinga até a oitava geração. E depois repete a mesma novela com outras roupas lindas, é inacreditável! Gente, é sério: seu bebê nunca é tão pequeno quanto você imagina. Experimente as roupas antes de concluir qualquer coisa, ok?
4. Não economizar as roupas mais bonitas.
Não tem por quê. As roupas de bebês pequenos se perdem pelo tamanho, e não por ficarem puídas. Tem é que fazer justamente o contrário: pegar aquele vestido mais tchuco-tchuco e usar até pro bebê brincar de pintura de dedo. E fotografar horrores, porque quando não servir mais você vai pensar: Mas como, COMO eu não tenho uma foto da fofa com aquele vestido diviiiiino?
5. O barato às vezes sai caro
Pacotão com 3 bodies e 2 calçolas no supermercado: Dérreal. Negócio da China – mas provavelmente serão usados uma vez e vão dali pro lixo, completamente escangalhados. Ou não têm abertura na gola e o cabeção do nenê não passa. Ou o tecido é pouco flexível e é impossível vestir sem quebrar os dois braços do seu filho. Enfim, desconfie de qualquer coisa estupidamente barata. Abra os pacotes, sinta o tecido, cheque a qualidade, aquela coisa toda...
Pelo menos Alice não usou. Never-ever. Ela tinha um bocado de sapatinhos lindos, era tipo a Imelda Marcos dos bebês. Mastigou alguns, e olhe lá. Perdeu todos, intactos e virginais. Uma pena.
(Isso não significa que eu não tenha amado cada um dos sapatinho que Alice não usou, atenção! Eu tinha um prazer enorme em abrir o armário e olhar pra todas aquelas coisinhas lindas. Portanto, se você já deu um sapatinho pra algum bebezico - incluindo a própria Alice - não fique triste! O bebê pode não ter ligado muito, mas aposto que a mãe teve seu fetiche por sapatos atiçado e a-do-rou!)