:: Com a palavra, o anônimo.
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:: Com a palavra, o anônimo.



Sobre a história aqui embaixo, um anônimo disse assim:


"A história está toda modificada... não houve preconceito... apenas pais querendo se promover as custas da filha...

isso é típico de pessoas que vem de cidade grande e se acham superiores as pessoas da "cidadezinha do interior"...

conheco a história correta e também a escola em questão... 

Escola que por sinal é referencia na cidade... muito boa... e muito bem acompanhada por profissionais de verdade...

antes de publicarem qualquer materia, um reporter DE VERDADE... PROFISSIONAL deveria estudar a fundo o caso... antes de tomar qualquer partido...

nem tudo q se le na internet é a mais pura verdade." 



OK, vamos lá: 

Segundo ele, a história foi modificada. Fica difícil pra gente entender porque ele não explica o que foi modificado, apenas aponta o dedo para os pais dizendo que "querem se promover". Aí vem um papinho sobre o que é típico de pessoas da cidade grande em relação às do interior, mas não sei nada sobre isso e acho uma discussão meio besta e que não cabe aqui.

O anônimo acha que um repórter de verdade deveria estudar a história mais a fundo. Então fui reler a matéria da revista Crescer. A jornalista que assina a matéria diz que tentou falar com a proprietária da escola, que primeiro disse que desconhecia o caso e depois se recusou a falar por telefone, querendo que a jornalista fosse até a cidade de Três Lagoas,  no Mato Grosso do Sul, para colher seu depoimento. Olha, não sei qual é a orientação da Crescer (cuja redação fica em São Paulo, acho) para um caso desses, mas me parece um pouco esquisito a pessoa ter que se despachar pra outro estado pra colher um depoimento que poderia ser dado por telefone, email, skype. Eu, se fosse essa repórter, ia desconfiar seriamente que a dona da escola não estava a fim de papo comigo não. Mas, como jornalista séria, não deixaria isso afetar meu trabalho e descreveria na reportagem exatamente o que apurei: os pais da criança dizem tal coisa, e a escola não se pronunciu pra dar sua versão. Porque, atenção, anônimo: ela diz que os pais relatam tal coisa, e não que aconteceu tal coisa. É diferente, e acho que mostra uma postura profissional e cuidadosa por parte da repórter. Então, a não ser que seja tudo mentira deslavada dessa repórter, que anda conspirando com os pais da Isa pra derrubar a escola, vou discordar de você nesse ponto em que você ataca a jornalista, tá?

Nem tudo que se lê na internet é verdade. Concordo plenamente com isso. Aliás, isso vale pra mídia de forma geral. Mas no caso da internet, é principalmente porque nela a gente não sabe direito quem está por trás das coisas. Tipo nesse caso. Um anônimo escreve pra dizer que a história foi modificada e que ele conhece a verdade, mas não sabemos quem ele é, nem que verdade tem pra contar. Meio esquisito, né? Talvez seja um desafeto de infância da Fabrina querendo se vingar por uma briguinha na segunda série. Talvez seja a dona da escola. Talvez seja uma mãe de aluno preocupada com a reputação da escola, ou alguém que ache tudo uma grande bobagem porque afinal futebol é mesmo coisa de menino e balé de menina, ora bolas! Ou pode ser alguém que acompanhou os fatos de perto e viu que não foi bem assim e que uma injustiça contra a escola está sendo cometida. O problema é que se essa pessoa não se identificar a gente não vai conseguir levá-la muita a sério, certo? Então eu ia achar ótimo se ela contasse sua versão e contasse quem é e como sabe de tudo. Porque eu só conheço a história pela matéria da Crescer. E esse blog não está comprometido com a revista Crescer, nem com a Fabrina e o Lucas, nem com a escola Doce Infância, pra eu tomar partido e cometer uma injustiça com qualquer um dos lados. E pra falar a verdade, qualquer que seja a verdade dessa história, pro blog vale mais a discussão que ela levantou, a dos papéis sociais que são impostos para homens e mulheres desde muito cedo. 

Agora, eu confesso que entre uma história que é absolutamente verossímil, de gente que mostrou a cara e assinou o nome e outra, mal explicada, cheia de teorias conspiratórias esquisitas envolvendo "pessoas da cidade grande" e "pais querendo se promover", e vinda de alguém que não se identifica, eu fico com a primeira. Você, anônimo, na minha situação, também não ficaria?

Então fique à vontade pra contar o que sabe, tá? 

Pela atenção, obrigada.




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