Na mesma hora em que esta capa vibrante e atraente numa livraria em Búzios (RJ), dois finais de semana atrás, soube que, naquela viagem para o litoral paradisíaco e turístico, o presentinho básico das viagens e ali, na Rua das Pedras, seria mesmo “cultura”. Bati o olho e comprei. E muito embora a obra não seja focada na faixa etária do CJ o investimento de comprá-la vale a pena, pois a curiosidade sobre pinturas, estilos artísticos e especialmente sobre nomes célebres da História da Arte já se manifesta entre brincadeiras e reproduções de filmes que ele assiste no cinema.
“Olha mamãe, eu sou um Picasso”
É engraçado ver meu filho me falar isso com frequência sempre que monta o Sr. Cabeça de Batata de um modo inusitado bastante fora do convencional. Apesar de não conhecer a obra dePablo Picasso, ele faz uso das expressões de alguns personagens favoritos para reverenciar o“diferente, o surreal ou o bizarro” das suas invenções com o boneco de montar. Ou seja, ele tomou pra si a idéia do que teria a ver com o nome Picasso, a partir de um filme (Toy Story) então, nada melhor do que nós providenciarmos conteúdo adequado para mostrar a ele mais sobre esse nome com que ele tanto sentiu afinidade. Devo dizer que está dando certo.
Lembro que eu tive minha primeira experiência com Arte Plásticas 2ª série, como aula semanal, e achava tudo rico, maravilhoso. Adorava os dias em que íamos ao estúdio de artes para mexer compapel maché, argila, xilogravuras, aquarelas e por aí vai. Lembro até hoje o nome da minha professora, Tia Lila. Depois, na 6ª série, já como História da Arte, adorei mais ainda saber os nomes dos pintores, escultores e que a arte se dividia em fases, em inspirações. Desde essa época, e aliás, muito fomentada pelas divagações da minha mãe, eu passei a ser completamente fã de Vincent Van Gogh, em especial, por “Noite Estrelada”. E especialmente, me tornei vidrada pela obra “O Grito”, de Edvard Much. Mais tarde, fui obcecada por esculturas naturais comoStonehenge, as Pirâmides e as Linhas de Nazca e, claro, na graduação, não teria deixado passar desapercebido o trabalho de Andy Warhol, então… Por esses e outros exemplos, acho super possível que as crianças se apaixonem e conheçam desde cedo gravuras, retratos, pinturas e esculturas que são parte intrínseca da história do mundo em que elas vivem e sobre o qual elas implementarão suas próprias marcas.
Quem sabe se estimulando a pintura, a música ou a escultura hoje, não teremos um célebre artista amanhã? Se o talento nasce conosco, o mínimo que os pais podem fazer é estimular e dar chance para que desabroche. Se não for o caso, teremos oferecido cultura e isso, bom, nunca é demais!
O livro “Arte para Crianças – entre no incrível mundo das mais belas pinturas e esculturas do mundo” conduz a criançada a um passeio colorido e divertido pela arte ao longo da história. Com belas imagens, explica didaticamente a evolução dos estilos e das técnicas, desde a arte pré-histórica até a arte de rua. Apresenta algumas das mais importantes obras-primas, os principais movimentos e escolas, assim como a trajetória de grandes artistas, como Monet, Van Gogh, Matisse, Picasso, Miró e Andy Warhol. Traz ainda um capítulo especial sobre escultura e, melhor de tudo, propõe atividades artísticas possíveis de serem feitas em casa, incentivando a releitura de trabalhos consagrados.
Vale a pena. Fica a dica! Quem gostar, volta pra contar, ok?!