Brinquedo e TV, é consumismo puro ou pode ser bom e educativo?
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Brinquedo e TV, é consumismo puro ou pode ser bom e educativo?


Postado por Sam Shiraishi em 27 setembro 2008 às 11:13



Li agora no fórum de apresentações um comentário da Renata que me lembrou um papo presencial que tive.
Renata said:
Quase não compro brinquedos pra minha filha - sou contra propaganda e de-tes-to "brinquedos que já vem brincados" que, na minha opinião, são a grande maioria.
Eu já fui muito parecida com ambas, Enzo viveu os primeiros anos com poucos brinquedos e Tv ultra controlada (Power Rangers, por exemplo, ele foi liberado para ver quando tinha 5 anos e - sorte - nem se viciou, e videogame não temos até hoje, mesmo ele já tendo 8 anos e meio). Mas eu percebi que não dá para deixar os filhos fora da realidade do mundo, que o melhor é sermos nós a apresentar a eles as coisas e guia-los no consumo. Alguns brinquedos são incríveis e educativos, como os da Fischer Price. Tudo pode ser educativo se nós podemos compartilhar os momentos com os filhos, ensinar as crianças a usar a imaginação, a criatividade e a ser lúdico.
A Andréa, minha amiga desde o segundo grau, por outro lado proibia a Tv em casa e acredito que agora que a Yumi está mais liberada para ver alguns desenhos creio que deva estar gostando muito. Acredito que tudo depende da atenção e da companhia que fazemos a eles tanto no momento de brincar quanto de ver TV, ouvir música ou ler.
Os meninos foram fanáticos por Cavaleiros do Zodíaco e eu deixei ver, mas só se fosse na minha companhia (reprisava à noite) e foi a porta para um interesse imenso que eles têm até hoje sobre civilizações antigas, arqueologia e história das sociedades. Vejo uma condução parecida nos interesses do Guilherme, filho da Evellyn, que aliás é um dos pontos mais fortes das nossas afinidades.
Enfim, como sempre, precisamos de amor e bom senso.
Abraços a todos e aguardo sua opinião - e sua vivência - sobre o tema.

Respostas no Ning:

Evellyn Gomes em 27 setembro 2008 at 12:29
Quando o Gui era pequeno, não tínhamos TV por assinatura e ele assistia a muitas fitas da Disney. Depois, nos rendemos a programação da TV fechada e ele cresceu fanático por Discovery Kids, sempre associando o brinquedo ao programa - não sei o motivo de, até hoje, ao assistir um programa ele "necessitar" de um brinquedo que o remeta as aventuras da tela, mesmo que seja algo criado por ele, reproduzindo as aventuras! É comum encontrar minha sala parecendo o período Cretáceo ou uma batalha da Segunda Guerra Mundial!
Ele também não gosta muito de brinquedos eletrônicos, adora criar suas histórias e, se não tiver nada por perto, transforma as próprias mãos no "personagem" inventado, sendo esse um dos meus maiores dilemas na hora das refeições: brincar, brincar e brincar, com qualquer coisa, talheres, apontador, dedos, bolinha de papel etc.
Engraçado que ele nunca gostou de canais com desenhos de luta, fez a transição do Discovery Kids para o Discovery Channel, Animal Planet e History Channel. Além de interessar-se por programas sobre animais, dinossauros, pré-história, atualmente é fã de documentários sobre avião...
Tive uma experiência chata ao liberar os desenhos dos Simpsons e aprendi que mesmo não explicitamente mostrado, eles assimilam os hábitos errados, as palavras com duplo sentido... Precisei, agora, vetar a programação dos Simpsons na minha casa e a verificar sempre a censura dos desenhos. Errei e não recomendo que deixem menores de 12 anos assistir a esse programa... Eles ainda não têm maturidade para entender a mensagem e a distorcem como nos desenhos. Ainda bem que ele aceitou tranqüilmente e hoje, antes de mudar de canal, vem falar qual é a censura do programa escolhido, rs.


Renata em 27 setembro 2008 at 13:11
Sam, minha colocação pareceu um pouco radical, e eu confesso que até tentei ser, mas percebi que era impossível. Porque nossos filhos vivem nesse tempo-espaço aqui, não tem jeito! Obviamente, como pais, é preciso impor algumas regras, afinal somos nós que sabemos o que é melhor pra eles, não eles mesmos, nem outras pessoas. Mas eles ganham brinquedos de outras pessoas, convivem com outras pessoas e outras crianças, vêem brinquedos em lojas e, mesmo sem assistir TV em casa, acabam sendo atingidos pelas propagandas - aliás é impressionante que acabam sempre conseguindo um jeito de fazer chegar até eles, outro dia ao abrir a caixa de um dvd a Pipoca veio me mostrar um encarte e me pedir uma pipoqueira colorida que, entre outros brinquedos e tranqueiras estava sendo propagandeada. Compro dvd's pra evitar a tv por causa das propagandas, mas até os dvd's vêm com propaganda agora...
Enfim. Meu maior issue com a TV, hoje, é em relação às propagandas. É claro que não a deixo ver dvd's o dia todo, tem hora pra isso (normalmente após os sono da tarde), e com a TV seria a mesma coisa. Há canais, como o Discovery mesmo, que tem programas muito bacanas, tanto que ela tem vários dvd's de desenhos de lá.
Quanto aos brinquedos, tenho mais dificuldade em gostar. Além dos antroposóficos, há até alguns me encantam, e nem sou tão exigente em relação a materiais (na antroposofia os brinquedos só são feitos de materiais naturais, como madeira, tecidos como algodão e seda etc.) Mas minha experiência prática mostra que os brinquedos que não vêm "brincados" instigam muito mais a criança. Comprei um tempo atrás cinco quadrados de tecido. São até de um tecido meio sintético, mas são de um colorido vibrante: rosa claro, rosa, verde, azul e amarelo. A Pipoca ama brincar com eles. Ela faz cabana, faz roupa de princesa, capa de "superoína" e mil outras coisas. Esse tipo de brincadeira é que acho bacana. Mas ela tem roupa de princesa de verdade, tem um monte de brinquedos que ganhou e que eu acabei deixando que ficasse, até Barbie ela tem, acho que umas cinco! Nunca brinca, mas sabe aquela coisa de ganhar e querer abrir o presente logo? Até penso em tirá-las de circulação, dar pra outra menina...e nesse aniversário vou ser mais rigorosa com os brinquedos que ela ganhar. Vou abrir junto e, o que não gostar, vou guardar pra trocar por outros que considere melhores e mais adequados. Agora ela tá entrando numa fase em que, por um lado, já tem opinião, mas por outro a qualidade dos brinquedos tá pegando mais, acho mais importante controlar.
Considero isso tudo muito importante, mas que vale mais mesmo - e tenho certeza que, por menor que sejam, eles percebem - é o afeto, o tempo que compartilhamos com eles e a atenção genuína que dispensamos a nossos pequenos. Cada família tem seus valores e princípios, mas esses são o alimento geral, de que todos os bebês e crianças precisam.
beijo


Sam Shiraishi em 29 setembro 2008 at 19:41
(em resposta a Renata)
Re, eu lhe digo o seguinte: a criança tem direito a algum livre-arbítrio. Se não vai fazer mal, deixa ela ter, é só não deixar à mão. Aqui em casa agimos assim com os meninos e posso te contar que deu certo, tanto com brinquedos, quanto com TV, filmes, livros. Até chocolate e guloseimas que acho ruins, como conversamos sobre tudo, mesmo que estejam à disposição, eles não se empanturram (em casa na verdade chega a estragar) porque escolhem o que é bom para si. Mas eu brinquei demais com coisas simples, mesmo tendo as sofisticadas e acredito no equilíbrio e num caminho do meio, sempre.
Abraços e parabéns pela mãe consciente que você é.


Michelle em 29 setembro 2008 at 19:30
Esse foi um dos meus grandes dilemas na educação do Henrique, nunca teve TV liberada aqui em casa, a tv aberta tem pouquíssimas opções de qualidade, e elas estão principalmente na TVE e no Futura, o Henrique tem horário para assistir televisão, no entanto o Andrei adora TV, e eu detesto, vejo pouco mesmo, então fica um situação complicada pois o Andrei acha que ele com 4 anos já pode assistir de tudo e eu não concordo mesmo... é como Evellyn citou eles absorvem todo tipo de informação, mas eu fico mais tranqüila pois vejo como o meu pequeno gosta dos programas para a idade dele... E quanto aos brinquedos gosto dos brinquedos de brincar também e não dos que já vem brincados como diz a Renata, eles tolhem todo o processo criativo da criança, os que o Henrique tem foram ganhados de presente, a massificação das propagandas de brinquedos é preocupante mesmo, os brinquedos valorizam cada dias mais o individualismo e a pura observação de um brinquedo que faz tudo sozinho... eu tenho uma bronca muito grande com brinquedos que falam, nem sei por que, mas acho que eles limitam a brincadeira, o Henrique por exemplo adora criar histórias com os brinquedos dele e se eles falassem isso ia se perder! Ele gosta mesmo é dos brinquedos de interação como legos e outros tipos de blocos de montar e também adora quando nós criamos brinquedos de sucatas e outras coisas.... a festa de 3 anos dele foi com tema de dinossauros e nós montamos dinossauros gigantes a partir de garrafas pet, jornal e tinta, ele adorou participar de tudo isso e a idéia do tema foi por causa do fascínio dele com o tema e surgiu de um programa de TV, por isso penso como tu Sam que "tudo pode ser educativo se nós podemos compartilhar os momentos com os filhos, ensinar as crianças a usar a imaginação, a criatividade e a ser lúdico"
Ah! Renata ele também tem pedaços de tecido que usa pra tudo... cria cabana, faz picnic na sala, coberta para os filhinhos... se os outros pais não estranhassem tanto acho que eu daria junto com os indefetíveis livros que nós sempre damos de presente pedaços de tecido.... as crianças amam!
estrelinhas coloridas...


Sam Shiraishi em 29 setembro 2008 at 19:47
(em resposta a Michele)
Michelle
aqui em casa temos de tudo, como acabei de falar para Renata. Temos Buzz Lightyear que fala e temos bonecos que fizemos com lixo reciclável. Eu costuro, por isso fazemos barracas, roupas de Max Steel, bolsas para cadernos, uma infinidade de coisas, recortamos muita coisa linda em EVA e criamos coisas de Art Atack e Mister Maker. Mas não deixamos de ter os brinquedos da Fischer Price (a coleção de dinossauros), LEGO, Playmobyl, enfim, de tudo um pouco. Já fizemos livros de todo tipo em casa e realmente começamos com os de tecido, depois vários de TNT, mas não deixei de comprar livros com sons por conta disto. Acredito que a criança precisa ter a chance de experimentar, tanto o pronto quanto o por fazer para assim encontrar o seu caminho.
Quero ver fotos dos teus dinossauros e se possivel a receita! :) O aniversário do Giorgio está perto, quem sabe?


Renata em 30 setembro 2008 at 2:46
(em resposta a Michele)
Michelle, fiquei curiosa com esses dinossauros de pet...queria tanto ser mais criativa pra fazer essas coisas com a minha filha...
Beijo
Re


Fernanda em 30 setembro 2008 at 14:53
Concordo, Sam - amor e bom senso! Um querido amigo de 71 anos, dizia-me há poucos dias que não tinha tv em casa e o filho, hoje um adulto, casado e com 2 filhas, tem tv's em toda a casa, ecrãs gigantes nas salas! Ele admitiu ter errado. Eu penso que as nossas crianças não podem viver isoladas, a casa não pode ser uma bolha de alienação, mas podemos e devemos controlar o tempo que eles passam na tv e nos jogos.
Beijos


Michelle em 30 setembro 2008 at 19:21
Sam...
Também acho que o equilíbrio é tudo na educação dos filhos, o Henrique também tem esses brinquedos falantes, mas eu tenho bronca sabe?! Mas isso é coisa minha e eu acho mesmo que ele também tem o direito de escolher, o Buzz Lightyear mesmo que tu citastes ele tem, não estão no topo da minha lista de brinquedos, mas também não acho o fim do mundo não, até porque ele dosa bem as brincadediras por iniciativa própria. Eu sempre, sempre fico batendo na tecla do equilíbrio, até porque não podemos deixar de levar em conta a sociedade em que vivemos, o tempo-espaço que nossos filhos habitam, não acho que seja saudável criarmos crianças completamente isoladas, acho que valhe mais a pena mostrarmos para elas valores bacanas e ajudá-las a encontrar o discernimento do que é melhor para elas, para que depois elas façam boas escolhas, mas escolhas que sejam delas... Báh e tu falastes também dos livrinhos com sons, esses Henrique ama até hoje, ele tem uma coleção que faz o som dos bichinhos olha só nem me lembrava mais, eu adoro essa coleção rsrsrsr
estrelinhas coloridas....
ps. Vou montar um passo a passo dos Dinossauros que eu fiz e depois passo pra vocês gurias....


Priscila Okino em 1 outubro 2008 at 1:06
estar no mundo parece tão complicado... mas no que se refere a brincadeira o importante é brincar. É como me disse um aluno outro dia: "a gente brinca só pra ser feliz". Não importa muito se a gente brinca com um supermegaultrasônicocomlaserem3Dseiláoquê ou com um bichinho que a gente achou no jardim. A brincadeira mora na nossa imaginação, que se alimenta da brincadeira. Qualquer brinquedo que ajude nesta difícil tarefa de estar no mundo (ou qualquer desenho, ou qualquer obra de arte) tem sua importância.
Estranho é quando a gente passa a querer um brinquedo só porque todo mundo tem. Ou quando a gente cisma de ver um desenho só porque está na moda. A gente até acha que vai ser feliz com isso... Mas depois de um tempo percebe que o melhor mesmo era brincar de cabaninha feita de lençol e cobertor.

Renata em 1 outubro 2008 at 22:30
Sam, parece até brincadeira, tive que vir aqui contar. Adivinhe o presente que minha mãe eu pra Pipoca...uma boneca daquelas que parece bebê de verdade (mais precisamente uma dessas aqui: http://www.adoradoll.com/hair/products2adv.php?page=2)...que custou uma nota preta e uma boneca das que eu classifico como "creepy"...segundo meu irmão é a versão feminina do Chuck...rs
E a Pipoca, de ouvir eu falar isso, falou pra minha mãe que o nome da boneca era "cuipe"..rs
Minha mãe acha lindas essas bonecas e mesmo sabendo como eu penso quis comprar pra Pipoca. Ela parece que gostou, e tem brincado um pouco. Muito pouco na verdade, a boneca é grande e pesada.
De quebra, entre os presentes que meus sogros trouxeram (eles vieram passar uns dias aqui por causa do aniver dela) um pirulito gigantesco. Gigantesco mesmo, coisa de uns 30cm de diametro, daqueles coloridos, bem cheio de corante, sabe? E quem me conhece sabe que sou fresca com essas coisas tb, vc deve saber. E mesmo sabendo que não dou essas porcarias pra ela. Agora me diz..que que eu fiz pra merecer? E a Pipoca, que viu o pirulito e não comeu, porque achamos um acinte e meu marido deu um sumiço nele?
Acho que criar filho já é difícil o suficiente sem gente por perto atrapalhando, já até escrevi sobre isso no blog. Não posso escrever dessa vez porque corro o risco de magoar alguem. Mas como ficamos nós, eu e a Pipoca?
Lendo o que vc escreveu por aqui, e com tudo isso que tem acontecido fico me perguntando: será que o problema sou eu, que sou radical, ou será que o problema é com os outros?
beijo e perdão a todos pelo desabafo!
Renata


Ana Pontes Ferraz em 2 outubro 2008 at 10:12
Veja:
Quando criei meus três filhos, corri menos risco.
Primeiro porque a coisa caminha a passos largos, logo, tudo já mudou rapidamente.
Mas o motivo principal, é que na época, não tínhamos condições financeiras para atender os pedidos e satisfazer as vontades de três crianças.
Nada que tenha feito mal, ou atrapalhado a vida deles.
Hoje, tenho o Érickinho que mora conosco. (Por problemas de saúde, ele tem asma, e S Paulo estava matando essa criança, aqui no litoral ele melhorou muito). Pois já não temos a mesma dificuldade, e mais, não precisamos comprar nada de brinquedos prá ele, ele ganha. É único neto e sobrinho, e afilhado dos dois lados,
Uma coisa que foi de comum acordo, é que ele não teria brinquedos que remetessem à violência. Temos cumprido.
TV? Aqui só temos aberta, logo pura porcaria, porém, há o que pode, e o que não pode.
Enfim, nossos filhos estão no mundo para descobrirem este universo.
Acho que é nosso dever dar a liberdade vigiada à eles.
Não podemos criar filhos incapazes de enfrentar as dificuldades do mundo, no entanto não podemos entrega-los à boca do leão.
Bom senso. Eis a palavra chave.
Um beijo
Aninha


Michelle em 3 outubro 2008 at 16:52
Renata...
Segue firme nos teus principios guria, se tu e teu marido acham que é melhor para pipoca não deixa os outros se meterem não... o meu pequeno só provou açúcar e outras guloseimas depois dos três anos, eu não deixava mesmo, pode me chamar do que quiser mas o meu filho eu crio do jeito que eu acredito ser o melhor... hoje ele come moderamente e só em dias estabelecidos, refrigerante não toma porque eu não gosto e nunca dei, ai quando ele provou não gostou :-)
Um vez vi uma frase muito bacana da Marieta Severo, em um entrevista perguntaram para ela se na casa dela os netos podiam tudo, se ela era uma avó legal e coisa e tal, ela então respondeu que na casa dela só pode o que os pais das crianças deixam que ela não ia ficar fazendo sacanagem com os filhos dela e botando mania nos netos!! Achei bacana mesmo porque quebra este paradigma de que os avós podem deixar tudo, e coisa e tal.
estrelinhas coloridas pra ti...


Andréa Zotelli em 4 outubro 2008 at 21:25
Sam, eu concordo com você: amor e bom senso são fundamentais!!! O problema era que aqui em casa a tv estava ficando ligada muito além do que se pode considerar bom senso: a babá usava a tv como "babá eletrônica" e a Yumi ficava o dia todo sozinha vendo tv. Mães que trabalham fora o dia todo têm destes problemas...
Há alguns meses colocamos tv a cabo e Yumi tem gostado muito de Discovery Kids. Eu, pra ser sincera, gosto muito dos desenhinhos também. Acho que são bons e educativos e não vejo problema em assistir, desde que a criança não faça só isso o dia todo. É preciso brincar com a criança, levá-la pra passear, fazer outras coisas e não deixá-la em frente à tv durante todo o dia. Acho que se a gente fizer isso desde cedo, naturalmente a criança vai sabendo dosar a tv, porque ela aprende que há outras coisas interessantes pra brincar, pra fazer, além de ver tv.
Aliás, em relação à Discovery Kids (DK) eu tenho apenas uma pequena ressalva: tudo é educativo demais!!!! Até o comercial é educativo!!! (por exemplo, o comercial que ensina a ver as horas, ou que ensina as cores, etc...) E depois que li "Einstein teve tempo para brincar" acabo torcendo um pouco o nariz pra este método de ensinar as coisas pela simples repetição, sem que o que se ensina esteja dentro do contexto, da brincadeira da criança. No DK acabo sentindo falta daqueles desenhos que não tinham pretensão alguma além de divertir, como os da nossa infância: Pernalonga, Tom & Jerry, Pica-Pau, entre outros.
Com relação aos brinquedos, eu não fico restringindo nada não. Apenas procuro variar na hora de comprar, pra que a criança tenho acesso a tudo e possa experimentar o brinquedo que já vem "brincado", mas também aprenda a desenvolver a imaginação pra fazer os próprios brinquedos.
A única coisa que evitamos, como a Ana Ferraz falou, são os brinquedos que remetam à violência. Estes estão fora.


Georgia Aegerter em 7 outubro 2008 at 12:25
Olha, eu acho que nao podemos ser extremados com nada. O Daniel por exemplo só passou a ver Power Ranger a partir do ano passado com 8 anos, mas sempre ouvia os amigos falar da série. Assim como colecionar aquelas figurinhas que eu acho horrorosas, mas eles um mundo de sonhos. Como eu nunca as comprei, expliquei-lhe que aquelas figuras ele poderia sonhar com elas à noite. Os amigos sempre lhe davam as repetidas e ele as trazia para casa. Quando ele fez 9 anos ele pediu de presente, e me prometeu que nao ia sonhar, rs.
Mundo da Tv, nem sempre tudo o que nós adultos assistimos é tb legal. Acontece, nao dá para controlar tudo. Mas é fundamental estar com os ouvidos ligados quando a Tv estiver ligada.
As criancas sempre tiveram muitos brinquedos. A maioria como presente em seus aniversários. Mas eles tb têm muitos brinquedos que eles mesmo confeccionaram de caixa de fósforos, madeira, colares de macarrao ou canudos plásticos coloridos.
Foi o que vc escreveu: nao dá para deixar o filho de fora se chagam tantas informacoes sobre o produto. É como continuar a viver sem celular num mundo onde muitas decisoes sao feitas por este meio.
Um grande abraco Georgia


Simone Miletic em 16 março 2009 at 11:39
Acho que a maior dificuldade está em escolher o que dar, que hora dar e como brincar. Eu sou de uma geração em que Barbie era cara e era uma por ano, e olhe lá. A Carol tem só 05 anos e já tem umas 20, isso porque ela ganhou várias que não considerei adequadas e dei embora (principalmente roupas inadequadas).
Periodicamente fazemos uma limpeza nas coisas delas para diminuir a quantidade de brinquedos, até porque eles acabam sempre brincando com os mesmos, e temos tentado nos controlar em comprar o que ela pede. O problema é, como já bem falaram aqui, que a criança se apaixona por determinado programa e quer tudo relacionado a ele. A Carol teve a fase do Barney, depois do Backyardigans e agora está na fase High School Musical (que eu só deixei ela assistir este ano e depois de assistir sozinha primeiro para ver se era adequado para ela). Tudo acaba sendo a respeito da fase em que ela está e depois é esquecido. O que me deixou feliz do gosto dela pelo HSM é que é só brincadeira, fantasia, ela é a garota cantando, não está aprendendo nada (formalmente falando).
Aí entro em uma coisa importante que a Andréa colocou: até Eisten brincava quando era criança. Quando alguém vem me falar de uma criança que não está na escolinha, mas já está lendo e é super esperto eu penso nisso. No nosso tempo o pouco de tv que víamos era diversão, agora tudo tem de ser educativo?
As crianças precisam de mais espaço para ser crianças, e adoro quando a Carol escolhe brincar com uma caixa ou de desenhar ao invés de um brinquedo brincado ou do laptop da Xuxa ou de ver mais um desenho educativo. A fantasia é muito importante.



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