:: A Metamorfose
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:: A Metamorfose



Transformações assustadoras podem acontecer com pessoas de bem, acompanhem:

Família resolve mudar de casa.

Aí pessoa arrasta o barrigão visitando imóveis, e depois visita imóveis com um bebê de poucas semanas acoplado nos peitos. Pessoa é assediada por corretores por meses a fio. Enfim encontra a potencial casinha dos sonhos, e toca quase sete meses de reforma para torná-la de fato a casinha dos sonhos.

Pessoa bota madeira nos pisos e escolhe tecidos de cores fulgurantes para forrar sofás. Enche a casa de papéis de parede importados. Decide que a escada será vazada (com vãos por onde poderia rolar uma melancia, atenção). Pessoa compra uma mesa de centro composta por retângulos de vidro sobrepostos - não com quatro, mas com OITO cantos perfurocortantes, vejam bem.

Quédizê: pessoa pirou e esqueceu que tem filhos pequenos, correto? Pessoa precisa de fosfosol na veia. Mas agora a casa dos sonhos já está pronta, e é tão linda que dá vontade de dar gritinhos.

De tão linda, pessoa cogita se mudar com a família para um apart hotel até os filhos completarem 18 anos, para poupar a casa dos sonhos da ação de ferinhas hiperativas, lambonas e dotadas de dentes afiados, dedos engordurados e canetinhas hidrocor.

Mas pessoa ainda tem um tico de senso de ridículo, abandona a ideia do apart hotel e se joga na casa nova sem medo de ser feliz.

(Mentira, é com medo. Muito.)

Então pessoa se transforma em uma espécie de monstro. Pessoa vira A Louca da Casa Nova. Com suas variações: A Maníaca do Sofá Recém-Forrado, A Desvairada do Piso Encerado e A Besta-Fera das Paredes Limpas.

Pessoa passa o resto de sua miserável existência a proferir as seguintes frases:

"Ai o meu sofá!"

"Não pula na poltrona!"

"Olha os pés na parede!"

"Não arrasta esse carrinho que me risca o piso todo!"

"Alguém segura o bebê que ele está limpando ranho nas almofadas!"

"Claro que pode desenhar, querida, mas toma aqui umas revistas velhas para forrar o chão..."

E etc.


Pronto, é assim que uma mãe legal vira a temível, desprezível e abjeta Mãe do Miguelito. Aprenderam?




Não tentem isso em casa, moças!

(Ok, se a casa for nova, vá lá...)





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