Já comecei esse blog faltando com a verdade, que coisa feia.
É que isso aqui não é um manual. Longe disso. Achei o nome sonoro e simpático, mas chamar isso aqui de manual foi uma picaretice enorme da minha parte pra tentar ganhar alguma credibilidade com as leitoras. A verdade verdadeira é que estou há apenas 8 meses na função de mãe e me falta muito arroz-com-feijão pra poder ser guia de alguém nessa complicada e deliciosa tarefa de criar uma mini-pessoa.
O que vou fazer aqui é contar como a maternidade tem sido pra mim. Foi só descobrir que estava grávida e me bateu essa vontade enorme de escrever, contar, registrar. E, principalmente, dividir. Porque na hora do aperto, quando eu me descabelo e me sinto a última das mães da face da terra, nada é mais tranqüilizador do que saber que outras mães descabelam-se tanto quanto eu. E nas horas boas, que são tantas, quero poder dividir com o mundo como a minha filha é incrível – e se o mundo parece não ligar muito, as outras mães sempre ligam, numa espécie de consciência de classe que conecta todas as mães e faz com que possamos falar sobre mamadas, ou passinhos, ou cocô, sempre com a mesma alegria maternal.
Então, definitivamente, não estou aqui pra guiar ninguém. Posso até dar umas dicas aqui e ali, comentar truques que funcionaram, citar coisas que li por aí, mas não tenho a pretensão de ensinar nada a ninguém. Pelo contrário: tenho a pretensão de aprender.
O blog está abertíssimo para comentários, sugestões, críticas ou mesmo pra quem quiser contar suas próprias experiência com seus filhotes. Minha experiência é pequena mas a vontade de assuntar é grande, então vamos construindo isso aqui juntas, ok? No fundo, esse espaço é pra isso. Pra juntar um punhado de mães e fazer aquilo o que nós fazemos melhor: falar, e muito, dos nossos filhos.