Já que vou desfraldar a intimidade da minha filha nesse blog, nada mais justo que eu me exponha um pouco também.
As pessoas costumam se definir pela profissão, mas comigo isso não dá certo. Primeiro porque no momento não sei qual é a minha profissão (blogueira conta? E mãe?), segundo porque existem coisas mais reveladoras pra gente levar em conta quando quer se apresentar.
Então eu sou a Mariana, tenho 28 anos, sou mãe da Alice e mulher do Carlos (faço a apresentação dos dois porque vocês vão ouvir muito sobre eles pelo caminho).
Tenho uma tendência a não levar as coisas a sério, sou um pouco irresponsável e imatura mas compenso com bom-humor e um certo charminho pueril. Que, diga-se de passagem, é uma estratégia apelativa e lamentável que precisa ser revista urgentemente, porque já estou beirando os 30 e com uma filha nas costas, então passa da hora de virar gente grande.
Não decidi ainda o que quero ser da vida. Não consigo tomar decisões, mas não é culpa minha, é do meu signo. Não acredito em signos, mas adoro a desculpa. Sou libriana pacas.
Também sou tímida pacas, apesar de ter um blog, que é o cúmulo do exibicionismo. Acho bem mais fácil ser exibicionista por escrito.
Gosto de cozinhar, gosto mais ainda de comer, gosto mais ainda de dormir. Tenho uma preguiça colossal de fazer exercícios, mas depois do nascimento da Alice senti que a coisa deu (literalmente) uma balançada, de modo que comecei a fazer dança do ventre pra tentar firmar a pancinha. Me requebro, me divirto e ainda entro em contato cósmico com meus antepassados das arábias, bem melhor que academia!
Nunca tive certeza de que queria ter filhos, mas aos 10 anos de idade já tinha tinha decidido os nomes das minhas futuras filhas. Nunca me achei maternal, nunca quis casar, meus namorados foram em sua maioria bons amigos. Aí me apaixonei, e casei, e engravidei rapidíssimo, feliz da vida.
Aos trancos e barrancos, tô aprendendo a ser mãe. E amando. E descobrindo que tenho sim talento pra coisa, quem diria?
É isso. Chega de falar de mim. Daqui em diante, overdose de Alice. Bem-vindos ao meu país das maravilhas!
(Ah é: e a minha filha não tem nenhum dos nomes que eu escolhi aos 10 anos de idade.)