:: Sobre feriados e separações
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:: Sobre feriados e separações



Esse feriado foi tipo pizza: delicioso, engordante e meio a meio: meio paulistano meio interiorano, meio com Alice meio sem.

A pequena foi-se com os avós para Águas de Lindóia na sexta e combinamos de encontrá-los lá no domingo pra passar o restinho dos dias.

Primeira viagem da Alice sem a gente, céus! Posso dizer aqui que me diverti HORRORES sem ela, ou pega mal?

Ah, me diverti pencas, falo mesmo! Imaginem mamãe livin' la vida loca! Agora encaretem um pouco (haha), agora mais um pouquinho (eita!), e pronto, sou eu. Tirei o atraso de tudo nessa vida. Peguei maridão só pra mim, tomei sol deitada na grama, li por hoooras sem ser interrompida. Comi fora de hora. Fiz dia da beleza, com todas as frescurinhas merecidas. Vi o episódio longa-metragem de House. Fui pro bar, enchi a cara de torresmo (heavy drugs!) e tomei um pilequinho de dry martini, coisa que queria ter feito desde o meu aniversário, acho que combina bem com essa coisa de se ter 30 anos (o dry martini, não o pileque).

Enfim, 2 dias adultos e muito bem aproveitados. E quando chegamos no hotel na manhã de domingo parecia que a gente não se via há meses: Alice veio correndo e dando gritos agudinhos de alegria, e a gente fez praticamente a mesma coisa cá do nosso lado, e ficamos nos amando muito nos dias seguintes, de modo que a saudade só nos fez bem. E a í foi só alegria: ela nadou feito doida, distribuiu beijos, brincou de barra manteiga com as crianças maiores (correndo e rindo e dando tchauzinho pra gente ao mesmo tempo, tipo miss apostando corrida) e ainda foi introduzida ao pebolim arte, testemunhando a belíssima vitória de mamãe e titia sobre papai e vovô - o que para a formação de um conceito de feminilidade forte e viril é muito importante, eu acho. 

Então o feriado foi assim: bom sem ela, e depois bom com ela, e foi tudo lindo. Teria sido perfeito se domingo não fosse a noite do Baile do Havaí na cidade. E o clube não ficasse em frente à nossa janela. E a banda não tocasse axé, o cantor não gritasse u-hú!, o repertório não incluísse toda a discografia do Jammil e Uma Noites e o som não tivesse sido desligado às 5h da manhã. 

Mas voltando ao que importa: acho que aqui em casa estamos cada vez mais à vontade com essas pequenas separações, que têm sido tranquilas e valido a pena pra todo mundo. O mais difícil, pra mim, é botar a culpa de lado e admitir que uns dias sem bebê por perto caem muito bem. Mas estamos trabalhando nisso. Mais alguns feriados assim e eu fico craque em despachamento de filhos por períodos curtos.


(E assim vejo cair mais uma certeza que eu tinha antes de se mãe: "imagina se eu vou aquela mãe que manda os filhos pra colônia de férias pra ter folga dele por um mês. Nunca, jamais!"... haha! Tá, um mês é muito, mas uns 15 dias tá de bom tamanho, vai? Os outros 15 eu passo lá com eles, pode ser?)




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