Esqueci de contar que, aos 2 anos e 9 meses, Alice finalmente se livrou das fraldas! E a culpa da demora, adivinhem, foi da mãe (claro, que culpa não é da mãe?).
Então confesso: eu estava com preguiça. Preguiça mortal do perrengue desfraldatório (ai, xixi no chão... ai, cocô na calcinha... ai, visitas a banheiros públicos infectos a qualquer hora ou local...). Então fui adiando, recorrendo aos autoenganos que tanto me são convenientes:
agora não dá porque ela começou a escola,
nem agora porque ela trocou de escola,
nem agora porque ela vai ganhar um irmão,
nem agora porque ela tá com gripe,
nem agora porque a gente vai viajar e voar por 14 horas e imagina se eu vou entrar num avião com uma menina sem fraldas que não controla os próprios esfíncters (mentira, ela controla fácil fácil, mas eu não sabia).
Tanto adiei que Alice se encheu e decidiu se desfraldar sozinha. Ela simplesmente passou a arrancar as fraldas por conta própria e ficar peladona pela casa quando lhe desse na telha. Assim, aos pouquinhos, foi treinando os avisos e xixis na privada (pra cocô ela costumava pedir as fraldas de volta, pois acostumou com a acocoradinha - se agachava pelos cantos e voilá!). Então há meses estávamos assim: em casa Alice treinava um pouco a vida de desfraldada, e na hora de sair colocava a fralda.
Há umas 3 semanas decidi tirar de vez de vez as fraldas do dia. Tivemos 3 acidentes xixizísticos no primeiro dia, uns acidentes isolados nos dois seguintes e fim: operação completada com sucesso. O cocô não escapuliu nenhuma vez, mas ela precisou de uns dias pra se descondicionar da acocorada. Resolveu a questão agachadinha na privada, os pés no assento, pra manter a posição de costume. Lá pro terceiro dia percebeu que dava pra fazer cocô sentada, e pronto, assunto resolvido.
Estou mantendo as fraldas da noite, até porque ainda tenho meio pacotão em casa e hei de usá-los até o último centavo gasto. Mas notei que a fralda tem amanhecido sequinha, e Alice sempre acorda pedindo pra fazer xixi. Calculo que em umas duas semanas a fralda da noite será aposentada também.
Apesar da demora (e do dinheiro gasto com fraldas talvez desnecessariamente), não me arrependo de ter esperado tanto. Uma vez começado pra valer, o processo foi bem rápido - e claro que a maturidade dela conta. Ela fez tudo no seu tempo, sem ansiedade. Foi bem mais tranquilo e menos traumático do que eu imaginava. E não tivemos nenhuma calcinha lambrecada de cocô, o que pra mim não tem preço!
Sei que contrariei a lei fundamental do desfralde ("tirarás a fralda de uma vez para não confundir a cachola de seu filho!"), e realmente notei que ela se atrapalhava no começo, fazendo umas caras de Ops! e me perguntando: eu tô de fralda? Mas as confusões nunca foram muito graves e sempre deu tempo de correr pro banheiro, então acho que essa pequena contravenção valeu a pena. As regras tão aí pra serem quebradas mesmo, certo? De qualquer maneira, vale mencionar a dica que ouvi milhões de vezes (faça o que eu digo, não faça o que eu faço...):
Na hora do desfralde, mantenha a decisão e resista à tentação de colocar a fralda em ocasiões especiais, pois isso só confunde a criança. Tirou, tá tirado!
Viu, gente? ;)
Outra dica que foi valiosa (valeu Tatá!): comprei cartelinhas de adesivos, e a cada xixi ou cocô feitos no banheiro Alice podia colar um na tampa da privada. Foi o estímulo que ela precisava pra querer usar o troninho o tempo todo. Tenho hoje, além de uma menininha desfraldada, privadas altamente decorativas (ainda que um tanto infantis...). Saldo positivíssimo!
E aí, colegas? Quem mais tem dicas pra iluminar as mamães nesse momento tão difícil (ou não)?
* as calcinhas da foto são Small Paul, linha infantil da Paul Frank. Visitamos a loja em Berlim e é de gritar de tão fofa (e depois gritar mais alto de tão cara!). Parece que acabou de abrir uma loja no Shopping Iguatemi, em São Paulo. Alguém tem dinheiro coragem?
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