Agora que você, amiga mulher, já relaxou bastante quanto ao parto, vou contar uma verdade pouco dita: parto é brincadeira de criança perto de um procedimento mínimo e infernal chamado episiotomia.
Episiotomia é um corte lá, pra evitar que a passagem do bebê cause danos maiores** (muitos médicos preferem um cortezinho controlado ao risco de um rasgo descontrolado). Na hora não se sente nada. Já no dia seguinte (e no outro, e no outro, e no outro, ad infinitum)...
Então você anda e dói. Você senta e dói. Você não faz nada e dói. Não bastasse a dor, você fica toda tortinha e ainda se constrange ao explicar pros desavisados onde dói.
E tem mais: o corte fica perto demais dali, sabe? Aí você pensa: Deus do céu, e quando eu precisar fazer aquilo? Então você se entope de mamão e suco de ameixa pra tentar amaciar a coisa. E reza pros pontos não arrebentarem a cada chamado da natureza.
O pior é que não tem o que fazer. Só nos resta sentar e chorar. Opa! Mas sentar não é solução, é parte do problema!
Então, minha amiga, faça como eu: chore deitada. E de ladinho.
**Polêmico, polêmico. Esse texto foi escrito em 2007, e de lá pra cá eu li um pouco mais sobre o assunto e cada vez mais me convenço que dá pra evitar esse picote maledeto nas nossas partes, e minimizar os danos de uma possível laceração (de novo, leiam as dicas da Lia!). Neda fez uma observação bem pertinente nos comentários: "...como a gente faz pra "rasgar" um tecido? Damos um talho com a tesoura e depois com um pouco de for ça vamos separando as duas partes". Né? Enfim, há que se conversar muito com o médico pra entender as escolhas dele e deixar claras as suas.
Ritinha contou que não fez episiotomia e teve laceração de 2o. grau (e achou o expulsivo a parte mais tranquila do parto sem anestesia, vejam vocês!). Ela continua super a favor do parto natural e sem intervenções. Rits, se você tiver um tempinho, conta pra gente como foi a experiência com a não-episiotomia?